Friday, May 31, 2024

de 51 à 55

 

51 - Poema dedicado à corrida.

 

Correr é cercar a alma de força

Tresloucar-se num tempo e espaço

Observar o ritmo da lembrança

Que absorve o eterno laço

Das amizades de uma grande dança

No conjunto do triunfo de um ser de aço

Para a felicidade e matança

Dos preceitos errôneos de um maço

De substâncias fétidas de essência crassa

Para que não se dê subterfúgios à um abraço

Vamos fazer uma vaga andança

Por sendas de maravilhosos caminhos

Numa carreira de aço, abraço e força

52 - Conduta moral adequada

 

Todas as noites, a criança dormia nos braços de Deus

Sim! Porque todos eles estão aqui.

Não só vêm nos visitar como convivem conosco

Queima a chama invisível do espírito

Acende vontade irresistível da psique

Sente coração palpitante

Toda a história das tuas vidas

Esta é a grande aventura da vida

Que seria de ti sem o mistério

Que seria do homem sem a aventura de desvendar?

O mistério é pois uma das chaves da vida

Que a trilha que a tua alma percorre

Seja a prevista pela tua consciência

Que Deus nos proteja

Oremos até que estejamos fatigados

E depois oremos ainda mais

E todavia mais

Pois viver é orar

Orar é viver não há distinção

Eles estão aqui

Vive segundo tuas mais íntimas concepção

Extirpa os modismos

Faça queimarem-se as banalidades

Cala a superfluidade que a vanidade junto vai

Enternece-te na ventura de Deus

Sede profundo, directo e grande

Não te contentes com pouco

Luta e vai até o fim

II  De onde vêm este brilho inigualável?

Olhos! Olha a quem te dirige

Não desvia o olhar um segundo sequer

Fala aquilo que queres com veemência e força

Sutileza e brandura

Olha! Não desvies o olhar

Porque é aí que está tua alma

E por estes que falará mais

Não através das palavras

Estas são débeis e frouxas

Quase que um lapso de vida

Se comparadas com a veracidade de um olhar

Olhar fulminante, olhar brando

Os olhos são um cântico

A linguagem assim se reduz a quase nada

De onde vêm este brilho inigualável

 

53 – Crer em Deus.

 

Eis que é chegada a hora

O momento é pertinente

As expectativas são promissoras

Multitude de dilemas

Incertezas, dúvidas e tristeza

Pesar, amargura e por fim...

Um sofrimento terrível, inintendível

Quase a morte

E ainda digo:

Eis que é chegada a hora

O momento é pertinente

As expectativas são promissoras

Será esta a maior burrice?

Parlapatice ou bestiesa?

Crer num futuro benéfico e proveitoso

É crer em Deus

II – Verdadeira vida

Poder espiritual

Percepção angelical

Vôos da alma

Na profundidade do ser

Encontra-se o verdadeiro mundo

Que novidade extasiante!

Concepção inebriante

Logo fico todo cantante

Alegre, feliz por um novo perceber

Posso ver, ouvir, sentir e tocar

Estarei louco?

Serão momentos escassos da vida?

Será esta a verdadeira vida?

Vivo então a falsa?

III - Reflexão

Que noite linda esta

Até parece que as sombras estão vivas

Que as plantas algo querem falar

Noite tal que vou até rezar

Outrora tal era a audácia do mundo

Que o fogo da vela não quis apagar

Que vão os outros de min falar?

Penso que tal foi a benevolência de Deus

Que deixou ao homem a arte inventar

Tantos artistas magníficos

E quantos religiosos não tão valorosos foram amarrar

Homens de visão que a tudo queriam inventar

 

54 – Mundo espiritual

I – Lamentos

Senhor Jesus Cristo

Levantai-me deste buraco negro e pérfido

Somente teus braços terão força para isto

Salva minha alma

Limpa meu espírito

O sofrimento me atazana

Dá-me a mão, a tua força

Põe-me no verdadeiro caminho

Deixa-me atravessar a porta espiritual

E notar a tênue luz, luz da salvação

Seguimos a tua doutrina de luz e glória

De “Bem Aventurança”

Humildade, caridade e labor

Será que somos dignos?

Muitos são os chamados, poucos os escolhidos

Uma dúvida pertinente vêm da alma...

Serei eu um cego?

Caso seja: Perdoai-me senhor

Súplica veemente

II - Êxtase contemplativo

 Obrigado senhor

Pela possibilidade de mais uma oração

Suspiro sincero, alma suplicante

Canto com esmero, coração tonante

Obrigado grande guia

 III – Tomada da “consciência abrangente”

Imagino o quão pequenas são

Minhas cogitações

Dentro das verdades do Universo

De certo modo estes pensamentos me apaziguam

Trazem-me certo conforto

Sinto que as novidades são promissoras

Prosseguirei nas diversas atividades

Na esperança de que Deus é amor

 

55 – Quê é isto?

I – Cogitações preliminares

Quê é isto: A felicidade?

Sentimento pleno

Estado de perfeição

Objetivo do ser

Sorriso constante para tudo e à todos

Energia Divina

Inebriante, extasiante

Contagiante, para frente

Objetivo do mundo

Sol acalentador

Coração pulsante

Caminho de todos

Sublime perfeição

Quê é isto: A felicidade?

Felicidade

Sorriso constante

Maior que as sete maravilhas do mundo

Mais interessante que as 100 bilhões de galáxias do universo

Melhor que o dinheiro

Aliás: Riqueza de espírito

Além da razão

Chega ser até ininteligível

Quê é isto: A felicidade?

Impulso do ser

Que são os problemas diante de uma pessoa feliz?

Senão ínfimo grão de areia diante do maior monte do mundo

Como refutar tal verdade?

Como obumbrar tanta luz?

Esta é meus amigos...

A satisfação humana derradeira

Nem sorvete de chocolate

Nem parques de diversão

Nem sexo ou televisão

Podem ousar se comparar

Aos olhos que brilham

Ao coração que anseia

A verdade do mundo!

A verdade universal!

A felicidade!

II - Divagações

Quê é isto: A felicidade?

Caminho prosaico

Verdade irrefutável

Vontade sem limites que toma minha alma

Caneta de inesgotável tinta

Caminho seguro

Certeza absoluta

Falta de esteriótipos

Humildade, fortaleza

Isto é a felicidade

Amizade, fraternidade, humanidade

Eterno poema que satisfaz

Numa constância inacreditável

III - Descobertas

É a cegueira de todas as outras coisas

Que em suma são consideradas inúteis, ilusões

Quando descobre-se

Quando sente-se

Felicidade

Quê é isto: A felicidade?

Música à um só tempo profunda e hilária

É o andar à toa para todos os lados

E à todos que ver passar amar

Não há quem resista à um sorriso afável

Ou um gesto agradável

IV - Conclusão

É social

Busca sempre o próximo

Preterivelmente os olhos do próximo

É por isto que no amor

Encontra-se a felicidade

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