51 - Poema dedicado à corrida.
Correr é cercar a alma de força
Tresloucar-se num tempo e espaço
Observar o ritmo da lembrança
Que absorve o eterno laço
Das amizades de uma grande dança
No conjunto do triunfo de um ser
de aço
Para a felicidade e matança
Dos preceitos errôneos de um maço
De substâncias fétidas de essência
crassa
Para que não se dê subterfúgios à
um abraço
Vamos fazer uma vaga andança
Por sendas de maravilhosos
caminhos
Numa carreira de aço, abraço e
força
52 - Conduta moral adequada
Todas as noites, a criança dormia
nos braços de Deus
Sim! Porque todos eles estão aqui.
Não só vêm nos visitar como
convivem conosco
Queima a chama invisível do
espírito
Acende vontade irresistível da
psique
Sente coração palpitante
Toda a história das tuas vidas
Esta é a grande aventura da vida
Que seria de ti sem o mistério
Que seria do homem sem a aventura
de desvendar?
O mistério é pois uma das chaves
da vida
Que a trilha que a tua alma
percorre
Seja a prevista pela tua
consciência
Que Deus nos proteja
Oremos até que estejamos fatigados
E depois oremos ainda mais
E todavia mais
Pois viver é orar
Orar é viver não há distinção
Eles estão aqui
Vive segundo tuas mais íntimas
concepção
Extirpa os modismos
Faça queimarem-se as banalidades
Cala a superfluidade que a
vanidade junto vai
Enternece-te na ventura de Deus
Sede profundo, directo e grande
Não te contentes com pouco
Luta e vai até o fim
II
De onde vêm este brilho inigualável?
Olhos! Olha a quem te dirige
Não desvia o olhar um segundo
sequer
Fala aquilo que queres com
veemência e força
Sutileza e brandura
Olha! Não desvies o olhar
Porque é aí que está tua alma
E por estes que falará mais
Não através das palavras
Estas são débeis e frouxas
Quase que um lapso de vida
Se comparadas com a veracidade de
um olhar
Olhar fulminante, olhar brando
Os olhos são um cântico
A linguagem assim se reduz a quase
nada
De onde vêm este brilho
inigualável
53 – Crer em Deus.
Eis que é chegada a hora
O momento é pertinente
As expectativas são promissoras
Multitude de dilemas
Incertezas, dúvidas e tristeza
Pesar, amargura e por fim...
Um sofrimento terrível,
inintendível
Quase a morte
E ainda digo:
Eis que é chegada a hora
O momento é pertinente
As expectativas são promissoras
Será esta a maior burrice?
Parlapatice ou bestiesa?
Crer num futuro benéfico e
proveitoso
É crer em Deus
II – Verdadeira vida
Poder espiritual
Percepção angelical
Vôos da alma
Na profundidade do ser
Encontra-se o verdadeiro mundo
Que novidade extasiante!
Concepção inebriante
Logo fico todo cantante
Alegre, feliz por um novo perceber
Posso ver, ouvir, sentir e tocar
Estarei louco?
Serão momentos escassos da vida?
Será esta a verdadeira vida?
Vivo então a falsa?
III - Reflexão
Que noite linda esta
Até parece que as sombras estão
vivas
Que as plantas algo querem falar
Noite tal que vou até rezar
Outrora tal era a audácia do mundo
Que o fogo da vela não quis apagar
Que vão os outros de min falar?
Penso que tal foi a benevolência
de Deus
Que deixou ao homem a arte
inventar
Tantos artistas magníficos
E quantos religiosos não tão
valorosos foram amarrar
Homens de visão que a tudo queriam
inventar
54 – Mundo espiritual
I – Lamentos
Senhor Jesus Cristo
Levantai-me deste buraco negro e
pérfido
Somente teus braços terão força
para isto
Salva minha alma
Limpa meu espírito
O sofrimento me atazana
Dá-me a mão, a tua força
Põe-me no verdadeiro caminho
Deixa-me atravessar a porta
espiritual
E notar a tênue luz, luz da
salvação
Seguimos a tua doutrina de luz e
glória
De “Bem Aventurança”
Humildade, caridade e labor
Será que somos dignos?
Muitos são os chamados, poucos os
escolhidos
Uma dúvida pertinente vêm da
alma...
Serei eu um cego?
Caso seja: Perdoai-me senhor
Súplica veemente
II - Êxtase contemplativo
Obrigado senhor
Pela possibilidade de mais uma
oração
Suspiro sincero, alma suplicante
Canto com esmero, coração tonante
Obrigado grande guia
III – Tomada da “consciência abrangente”
Imagino o quão pequenas são
Minhas cogitações
Dentro das verdades do Universo
De certo modo estes pensamentos me
apaziguam
Trazem-me certo conforto
Sinto que as novidades são
promissoras
Prosseguirei nas diversas
atividades
Na esperança de que Deus é amor
55 – Quê é isto?
I – Cogitações preliminares
Quê é isto: A felicidade?
Sentimento pleno
Estado de perfeição
Objetivo do ser
Sorriso constante para tudo e à
todos
Energia Divina
Inebriante, extasiante
Contagiante, para frente
Objetivo do mundo
Sol acalentador
Coração pulsante
Caminho de todos
Sublime perfeição
Quê é isto: A felicidade?
Felicidade
Sorriso constante
Maior que as sete maravilhas do
mundo
Mais interessante que as 100
bilhões de galáxias do universo
Melhor que o dinheiro
Aliás: Riqueza de espírito
Além da razão
Chega ser até ininteligível
Quê é isto: A felicidade?
Impulso do ser
Que são os problemas diante de uma
pessoa feliz?
Senão ínfimo grão de areia diante
do maior monte do mundo
Como refutar tal verdade?
Como obumbrar tanta luz?
Esta é meus amigos...
A satisfação humana derradeira
Nem sorvete de chocolate
Nem parques de diversão
Nem sexo ou televisão
Podem ousar se comparar
Aos olhos que brilham
Ao coração que anseia
A verdade do mundo!
A verdade universal!
A felicidade!
II - Divagações
Quê é isto: A felicidade?
Caminho prosaico
Verdade irrefutável
Vontade sem limites que toma minha
alma
Caneta de inesgotável tinta
Caminho seguro
Certeza absoluta
Falta de esteriótipos
Humildade, fortaleza
Isto é a felicidade
Amizade, fraternidade, humanidade
Eterno poema que satisfaz
Numa constância inacreditável
III - Descobertas
É a cegueira de todas as outras
coisas
Que em suma são consideradas
inúteis, ilusões
Quando descobre-se
Quando sente-se
Felicidade
Quê é isto: A felicidade?
Música à um só tempo profunda e
hilária
É o andar à toa para todos os
lados
E à todos que ver passar amar
Não há quem resista à um sorriso
afável
Ou um gesto agradável
IV - Conclusão
É social
Busca sempre o próximo
Preterivelmente os olhos do
próximo
É por isto que no amor
Encontra-se a felicidade
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