Friday, May 31, 2024

de 41 à 45

 

41 – Corpo e mente

 

A corrida é uma forma de viver

Outra consciência se expande

Isso me leva a crer

Que tudo faz com que  ande

Na harmonia  que gosto de ver

 

42 – União com a natureza

 

Correr através dos  campos

Correr através de matas verdejantes

Leve sinto-me, numa contínua aventura

Correr com o corpo

Meu corpo é pleno em todos os movimentos

Sou parte de toda esta natureza

Correr com a alma

Pisar em barro, terra, galhos, folhas

Ultrapasso meus próprios limites

Estradas, trilhas e pistas

Me dão o prazer de uma linda paisagem

Gosto de correr

43 – Obrigado espírito altruísta!

Força que se expande de meu ser

Me parece tudo uma prenda

De alma renovada me sinto ao correr

Cantar os pesares minha alma manda

Vários e distantes lugares posso ver

Ao pensar em tudo o que anda

Aqui de verdade minha felicidade pode tanger

Se tudo o que me cerca manda

Proclamo então a ajuda que você têm a oferecer

Abasteço-me de tua oferenda

E rio do que pode acontecer

 

44 – A harmonia do caos

 

Grande amparo que me dá a corrida que faço todos os dias

Ao negrume que apodera-se de meu ser apresento a claridade

Através de um dia lindo com pássaros fortes não me alias

Do mundo que me cerca e de tua cidade

Quê cidade que pensas nestas magias?

Justo mundo que me ensina o esplendor.

Da vida que me cerca com cantorias,

De pássaros que nos seus cantos de condor

Me trazem lembranças de um velho amor.

Não julgo necessário aqui ficar com patavinas

Pois o mais importante é que o rei destas paragens

Ë senhor da natureza que insiste em se mostrar nesta plena manhã.

Das trevas vem a luz que me ilumina.

Da dor provém a glória de muitas minas

Dos ouros e das desventuras,

Dos outros e de minhas agruras.

Que venha então a ira de todos estes reis de que tanto se fala.

Se é que são poderosos desafio seus rancores com minhas lutas

Minhas multas por excesso de velocidade são mudas

Não falam o que não quero ouvir

Singelamente me detenho por instantes

A dizer aos que ouvem.

Que o silêncio vale mais

Que muitas palavras dúbias

Sentimentos que se apresentam imantes

Em meu ser não sei de onde provém

Tamanha sorte de animais

Vorazes de forma súbita

Correr ao sentido de uma grande frase

De um grande poema de um grande livro

De um grande sentido

De um algo que está atrás

Do primeiro passo

Do primeiro pensamento

Passo penso

Penso passo

Penpaso o penso

Papenso o passo

Pompenso o papenso

 

 

45 - Coração e treino

 

O coração se adequa à vida

Da morte surge a vida

Se esvai a fétida morbidez

Áurea alegria se insere nos recônditos mais profundos de meu ser

Antes que chegue a morte com seu eterno dilema me atormentar

Viver com plena consciência, não distante e enterrado como assim diria Platão

Quero como uma pluma cair e ser levado pelo sabor dos ventos que à min aparecer

Ver o coração bater compassado, sublime e aquietado

Mas não morto e tão pesado quanto uma pedra atirada à um negro fosso

O treino traz à vida o bater do coração, compassado e regulado

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