41 – Corpo e mente
A corrida é uma forma de viver
Outra consciência se expande
Isso me leva a crer
Que tudo faz com que ande
Na harmonia que gosto de ver
42 – União com a natureza
Correr através dos campos
Correr através de matas
verdejantes
Leve sinto-me, numa contínua
aventura
Correr com o corpo
Meu corpo é pleno em todos os
movimentos
Sou parte de toda esta natureza
Correr com a alma
Pisar em barro, terra, galhos,
folhas
Ultrapasso meus próprios limites
Estradas, trilhas e pistas
Me dão o prazer de uma linda
paisagem
Gosto de correr
43 – Obrigado espírito altruísta!
Força que se expande de meu ser
Me parece tudo uma prenda
De alma renovada me sinto ao
correr
Cantar os pesares minha alma manda
Vários e distantes lugares posso
ver
Ao pensar em tudo o que anda
Aqui de verdade minha felicidade
pode tanger
Se tudo o que me cerca manda
Proclamo então a ajuda que você
têm a oferecer
Abasteço-me de tua oferenda
E rio do que pode acontecer
44 – A harmonia do caos
Grande amparo que me dá a corrida
que faço todos os dias
Ao negrume que apodera-se de meu
ser apresento a claridade
Através de um dia lindo com
pássaros fortes não me alias
Do mundo que me cerca e de tua
cidade
Quê cidade que pensas nestas
magias?
Justo mundo que me ensina o
esplendor.
Da vida que me cerca com
cantorias,
De pássaros que nos seus cantos de
condor
Me trazem lembranças de um velho
amor.
Não julgo necessário aqui ficar
com patavinas
Pois o mais importante é que o rei
destas paragens
Ë senhor da natureza que insiste
em se mostrar nesta plena manhã.
Das trevas vem a luz que me
ilumina.
Da dor provém a glória de muitas
minas
Dos ouros e das desventuras,
Dos outros e de minhas agruras.
Que venha então a ira de todos
estes reis de que tanto se fala.
Se é que são poderosos desafio
seus rancores com minhas lutas
Minhas multas por excesso de
velocidade são mudas
Não falam o que não quero ouvir
Singelamente me detenho por
instantes
A dizer aos que ouvem.
Que o silêncio vale mais
Que muitas palavras dúbias
Sentimentos que se apresentam
imantes
Em meu ser não sei de onde provém
Tamanha sorte de animais
Vorazes de forma súbita
Correr ao sentido de uma grande
frase
De um grande poema de um grande
livro
De um grande sentido
De um algo que está atrás
Do primeiro passo
Do primeiro pensamento
Passo penso
Penso passo
Penpaso o penso
Papenso o passo
Pompenso o papenso
45 - Coração e treino
O coração se adequa à vida
Da morte surge a vida
Se esvai a fétida morbidez
Áurea alegria se insere nos
recônditos mais profundos de meu ser
Antes que chegue a morte com seu
eterno dilema me atormentar
Viver com plena consciência, não distante
e enterrado como assim diria Platão
Quero como uma pluma cair e ser
levado pelo sabor dos ventos que à min aparecer
Ver o coração bater compassado,
sublime e aquietado
Mas não morto e tão pesado quanto
uma pedra atirada à um negro fosso
O treino traz à vida o bater do
coração, compassado e regulado
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