de 21 à 25

 

21 - Eu o vejo!

 

Ali está Ele!

Vejo-o em toda sua plenitude.

Deus!

Nas matas os rios

Odores há muito esquecidos

As cigarras cantam

Como quem quer dar boas vindas

Trilha sinuosa

Com grandes pedras no solo

Pequenos seres passam aqui

O decurso de suas vidas

O ar é fresco

As árvores transmitem

Agradáveis sombras

Burburinho é feito pelos riachos

Quando as águas

Conversam com as pedras

Aqui está Ele!

Vejo-o em toda sua plenitude

Esta é a verdadeira igreja

Finalmente, um cheiro de terra seca

Odor pungente e agradável

A mata se abre

Noutra estrada

 

22 – A vista do pico

 

Tanta gente

Tudo branco e calmo

Entre o céu e a terra

Milhares de espíritos

Estão sob minha vista

Isto me ajuda a refletir

Na pequenez de minha vida

Na pequenez do pensar humano

Cobra, pomba, pássaro, grilo

Condor, veado, borboleta

Odores, temperatura, textura

Cor, ventos, vida

Eu cheguei!

Uma oração inigualável

A oração em forma de vivência!

Larga é a amplitude que tenho

Após perpassar

Dificuldades da trilha

 

23 – A pequenez do homem e a grandiosidade de sua atitude.

 

A solidão

Aliada com a monótona constância dos grilos

E das cigarras

Uma sensação de intenso silêncio

Os condores voando por perto

As nuvens brancas

O sol das 12 horas

Bastante quente

Me causa o conjunto

Uma parca noção do tempo

A visão abrange toda a cidade

O pensamento abrange toda a vida

Quê devemos fazer em nossas vidas?

Quê é mais importante?

Mais importante

São as situações aparentemente simples

Que são na verdade profunda reverência à Deus

O criador do Universo

 De 100 bilhões de galáxias

Da pequenina Via Láctea

E do ínfimo Sistema Solar

E do “quase nada” Planeta Terra

Que será o ser humano perto disto?

Ficará em pendência no existencialismo?

Acabando numa dívida patéticamente negativa?

É possível, mas há uma possibilidade...

Talves suas pequenas atitudes sejam alguma coisa

Que representem o amor no Universo

Como a menina do altar

Que beijou o chão

Diante de Jesus

 

24 - Verdade da vida: Visão de cima

 

 

No mundo atual

Globalizado, polemizado

Tudo é de imprescindível importância

Rápido, prático, funcional

Mercadológico e produz capital

No mundo espiritual

Nas alturas das nuvens

Na profundidade das nebulosas

De cores maravilhosas

Tudo é silencioso e grande

Tão grande, que o homem

Se torna um “quase nada”

Diante das Galáxias do Cosmos

Que dizer do mundo atual...

Quando comparado ao mundo espiritual?

 

25 – Universo

 

Distante das lutas mundanas

Nas alturas dos Santos

No limite das artes

Está o silêncio de Deus

A maior proporção da imaginação

O sentido da vida

Está na própria insignificância do homem

Diante do universo

Oh!Quão mesquinhas são

As preocupações humanas

Quão sincera e axiomática é a natureza

Com sua plenitude e harmonia

Nos traz a virtude e Bem Aventurança

Ondas de verdade que crescem

Espírito sublime

Noções plenas do mundo

A natureza e o homem

Que divisão incorreta!

O homem é natural

Pois tudo é o único verso

O universo!